Sydney Opera House

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Aventuras nos transportes II



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Ia eu uma tarde no autocarro para a cidade, quando entram dois homens com ar de sem-abrigo, mau aspecto, a falar alto e com um bafo a álcool que se topava a milhas.
Sentam-se em bancos diferentes (não por falta de lugares) e lá vão conversando aos berros um com o outro, com aquele discurso enrolado de quem está com os copos.
Admirei-me por o motorista não os ter posto fora, já vi outros expulsarem passageiros por menos...

Entretanto, um deles pergunta a um passageiro que mexia no telemóvel, se podia fazer uma chamada.
- Deixei o telefone em casa e não tenho como falar com o meu amigo. Podes marcar aí um número para mim? - perguntou o bêbado
- Está bem, qual é o número? - responde o passageiro
E nisto vejo-o marcar o número e passar o iphone para as mãos do bêbado com a maior descontracção.
Ele lá, aparentemente, falou com o amigo e devolveu o iphone ao dono.

Das duas uma, ou eu ando a perder a fé na humanidade e já só vejo os defeitos e os perigos, ou há pessoas muito mais amáveis e compreensivas do que eu. É que passar um objecto pessoal (e de valor) para aquelas mãos era a última coisa que eu faria...

1 comentários:

  1. Eu também vejo as coisas da mesma forma e não sou capaz de dar o meu telefone às mãos de um estranho, e embriagado!

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