Sydney Opera House

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Parto/Pós-parto na Austrália



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Como já tinha explicado neste post, fiz todo o acompanhamento da minha gravidez pelo sistema público, com uma equipa de parteiras do meu hospital (Midwifery Group Practice).
Fiz todas as consultas com a mesma Midwife e conheci as outras da equipa para o caso de a minha estar de folga no grande dia (o que acabou por acontecer e o facto de já ter conhecido a outra Midwife antes fez-me sentir muito à vontade).

O meu parto correu bem, apesar de ter sido mais rápido do que esperava, o que fez com que não tivesse tido possibilidade de levar a epidural. Aqui há uma série de opções para o alívio das dores do parto e eu ia com mente aberta para experimentar algumas delas, mas achava que ia acabar por pedir a epidural. Afinal não houve tempo mas na altura, depois do choque inicial, só pensei "vamos a isto" e lá me safei.

Depois de ela nascer a Midwife perguntou-me se queria ir logo para casa (prática comum entre as pacientes do Midwifery Group Practice), mas como a amamentação ainda não estava estabelecida fiquei no hospital 2 noites. Tivemos a sorte de a maternidade estar cheia e haver poucas camas disponíveis, pois pudemos ficar num quarto privado que foi o primeiro a vagar. Assim pudemos ficar os dois no hospital, se eu estivesse num quarto duplo o pai tinha que sair durante a noite.

Durante a estadia no hospital fui acompanhada pelas Midwives de serviço e a minha Midwife também me veio ver, assim como a que fez o parto.
Quando saí do hospital passei a ter as visitas da minha Midwife em casa durante 2 semanas. Ela pesava a bebé, ajudava com a amamentação, esclarecia as nossas dúvidas e acompanhava o meu estado emocional e recuperação física. Estando longe da família e sem qualquer experiência com bebés, ter uma pessoa tão disponível e sempre à distância de um telefonema fez toda a diferença. Confesso que até me custou um bocadinho quando tivemos que nos despedir duas semanas depois, pois criámos uma relação de amizade especial.
Depois das duas semanas tive uma visita de uma enfermeira materno-infantil, que veio a casa conhecer-nos e ver a bebé. Fiquei maravilhada com todos estes serviços gratuitos disponíveis através do sistema de saúde público. Para uma recém-mamã não ter que sair com o bebé para o centro de saúde durante as primeiras semanas foi óptimo. Depois da primeira visita em casa já passámos a ir ao centro de saúde.


Outros serviços disponíveis também importantes nesta fase:

  • Breastfeeding Clinics: Os Early Childhood Medical Centres têm um dia por semana dedicado à amamentação. As mães (e pais) podem aparecer sem marcação e aguardar a vez para falar com uma enfermeira/conselheira de amamentação. Ali podem esclarecer dúvidas, receber conselhos sobre a amamentação, pesar o bebé, etc.
  • Tresillian /Karitane: Estes centros são especialmente dedicados a problemas de sono dos bebés (são os chamados Sleep Schools), mas também de amamentação, criação de rotinas e apoio emocional para os pais. Os serviços incluem Day Stays, em que mãe (ou pais) e bebé passam o dia no centro onde são acompanhados por uma enfermeira especializada e Long Stays, que são 3 ou 4 noites no centro. Este serviço também é gratuito mas tem que ser encaminhado por um profissional de saúde, como o médico de família ou enfermeira materno-infantil.

Ser mãe



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O tempo voou nestes últimos meses. Desde Maio que sou mãe e às vezes ainda me custa acreditar que a bebé esteve mesmo dentro da minha barriga.

Muita coisa aconteceu desde o último post. A barriga continuou a crescer. Às 34 semanas tivemos um pequeno percalço com direito a uma noite no hospital e conversa sobre a possibilidade de um parto prematuro. Felizmente não passou de um susto e a estadia no hospital até me tranquilizou por ficar familiarizada com o local e saber que estava em boas mãos. E foi meio caminho andado para eu dar corda aos sapatinhos e tratar dos últimos preparativos num instante!
Houve baby shower, houve muitos mimos dos amigos de cá e encomendas a chegar de Portugal cheias de coisas amorosas.
E às 38 semanas e meia tinha uma bebé perfeita nos braços.

Ser mãe tem sido uma experiência emocionante, cansativa e maravilhosa. O primeiro mês não foi fácil, com a adaptação às rotinas de um bebé, a privação de sono e as saudades da família, mas aos poucos fomos-nos conhecendo, nós aprendemos com ela e ganhámos confiança enquanto pais, e a nossa menina preencheu o seu lugar cá em casa.

Claro que ter um bebé pequeno implica algumas preocupações, noites mal dormidas nos primeiros tempos, uma logística diferente para sair de casa, e o número de máquinas de roupa aumenta consideravelmente, mas depois também há os sorrisos, as gracinhas, e um amor que realmente é mesmo difícil de explicar.
Já não imaginamos a nossa vida sem ela 
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