imagem: we ♥ it |
Antes, quando andava aborrecida ou triste, ou o fim de semana estava chuvoso, pegava numa receita e enfiava-me na cozinha a fazer bolos. Concentrava-me a ler, a medir os ingredientes, a inventar se fosse preciso, e não pensava tanto nos problemas. E depois, claro, tinha sempre o conforto de um doce acabado de fazer, além da recompensa de rapar a tigela, como fazia com a minha mãe em miúda.
Aqui não. Aqui não tenho os meus apetrechos, não tenho as formas de todos os tamanhos e feitios, não tenho a batedeira novinha em folha que ficou abandonada lá em casa, e principalmente, não tenho o espaço que precisava; a minha cozinha onde ficava só eu e os meus pensamentos, onde sujava tudo à minha volta, onde punha a música aos berros se me apetecesse. Aqui tenho uma cozinha que não é minha, onde não há espaço para a bagunça que faço quando cozinho, onde não há música, nem silêncio, e onde não encontro a calma que procuro.
À falta de melhor, saí de casa com os phones nos ouvidos e voltei com uma caixa de 12 donuts que vou enfardar durante a tarde no sofá, enquanto procuro alguma coisa de jeito na televisão (missão impossível, que aqui a tv ao fim de semana consegue ser pior que a portuguesa...).
que tal um pastelinho de nata em vez de um donut?
ResponderEliminarOlá,
ResponderEliminarChamo-me Pedro, sou arquitecto e esto a considerar emigrar para a Austrália. Nas buscas que estou a fazer via net, deparei com o seu blog, e tomei a liberdade de aproveitar para fazer umas pegntas, a que espero que tenha paciência para responder.
Sem uma oferta de trabalho como ir para aí? Sem visto não se ntra, mas sem trabalho não há visto, correcto?
No vosso caso como foi? Algum de vós tinhatrabalho à partida, ou foram estudantes aí antes de começar a trabalhar?
Era uma ajuda grande para começar a esquematizar um plano...
Pela leitura do vosso blog (e de um outro relacionado -"Rabbit" -aprendi um bom bocado sobre essa terra e que não vem nos sites "oficiais". Obrigado por isso.
Imagino que nem tudo sejam rosas e que também aí existam muitos espinhos, mas no estado em que está Portugal, e pior ainda, no estado em que vai ficar nos próximos anos, é agora ou nunca. Estamos (eu e a minha mulher) há anos a falar sobre emigrar, pois as coisas não melhoram por mais que tentemos, e agora tem que ser!
Toda a ajuda é bem vinda.
Mais uma vez agradeço toda e qualquer informação que possa ajudar.
Pedro Alves
finedesign@iol.pt
p.s. Aproveito para deixar o meu blog que funciona como portfolio virtual: http://finedworld.blogspot.com/