Este ano a viagem a Portugal em pleno mês de Agosto ia mexer com o nosso bolso e a compra de viagens a um preço aceitável parecia uma tarefa impossível.
Houve muita pesquisa, muitas semanas a comparar preços e datas e estávamos quase a adiar a partida para Setembro, e a aceitar que não íamos conseguir estar num primeiro aniversário onde a nossa presença era muito requisitada.
Depois tivemos a ideia brilhante de estudar diferentes itinerários, após uma conversa com um primo dele que já tem feito a viagem em partes separadas várias vezes.
Assim, num fim de semana de chuva passámos o dia de computador e telemóvel em punho, testando várias combinações possíveis, cada a um a pesquisar uma parte do percurso. Correu bem e encontrámos um preço total bem mais simpático viajando em 2 companhias diferentes. No final desse fim de semana tínhamos as viagens compradas para meio de Agosto.
A viagem para lá correu bem e nós todos satisfeitos com a poupança, mas para cá…tivemos um “pequeno” imprevisto que nos deixou a jurar para nunca mais.
Dois dias antes da data de regresso recebemos a notícia de que a primeira parte do nosso percurso tinha sido cancelado, pois havia greve dos pilotos da AirFrance. Lembro-me de ter ficado com um sorriso de orelha a orelha quando recebi o sms do voo cancelado, porque não me apetecia nada ir embora. Mas com a chatice dos dias seguintes para conseguir falar com alguém, a incerteza até termos uma nova data, o não saber se fazia ou desfazia as malas e a preocupação porque tínhamos um voo a seguir noutra companhia para apanhar, depressa o sorriso desapareceu.
A greve acabou por durar 2 semanas(!) e depois de muito stress lá nos mudaram para a KLM para conseguirmos vir embora, que por muito que nos soubesse bem prolongar as férias, não podíamos ficar indefinidamente à espera que os sindicatos se entendessem. Voltámos na data disponível seguinte, 5 dias depois do previsto. Com isto tivemos que alterar o outro voo, pagando uma taxa de alteração + a diferença para o preço actual (basicamente acabámos por pagar essa viagem outra vez). E é aqui que entra o tão importante seguro de viagem. Estávamos relativamente descansados porque sabíamos que podíamos accionar o seguro assim que voltássemos à Austrália, mas ainda assim custou um bocadinho ter que assumir aquela despesa logo à partida, além do stress adicional que o facto de trazermos esse assunto para resolver nos causou.
No fim tudo acabou bem. A alteração da viagem da Air France para a KLM fez com que apanhássemos uma looonga escala em Amsterdão. Vimos a coisa pelo lado positivo e fomos passear por umas horas :)
Depois em Kuala Lumpur marcámos a viagem para a manhã seguinte, em vez das 23h como estava previsto e ficámos a dormir num hotel junto ao aeroporto. Ainda pensámos em ir dar uma voltinha mas não tínhamos assim tanto tempo e vínhamos mesmo cansados, por isso a piscina ao final do dia e o restaurante do hotel souberam-nos pela vida (vamos ignorar o facto de eu só ter dado um mergulho rápido às escondidas do empregado da piscina, porque aparentemente o bikini não era um traje adequado).
Dormir numa cama nessa noite, já mais perto do fuso horário de cá, foi remédio santo para o jetlag!
Chegados à Austrália foi hora de apertar com a Air France para receber a compensação devida e accionar o seguro de viagem. Com calma a situação está praticamente resolvida e teremos em breve o dinheiro de volta na conta. Uff!
Chegados à Austrália foi hora de apertar com a Air France para receber a compensação devida e accionar o seguro de viagem. Com calma a situação está praticamente resolvida e teremos em breve o dinheiro de volta na conta. Uff!
Moral da história: Distribuir a viagem por várias companhias pode sair mais barato sim, mas não é aconselhado a pessoas stressadinhas. Sei que a greve foi uma situação pontual, que se não a tivéssemos apanhado não tínhamos razão de queixa e que no fim tudo se resolveu, mas ainda assim não sei se me apetece repetir a experiência...
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