Para mim, melhor ainda, desfazer as malas e voltar a pôr tudo no sítio: as escova de dentes no copo da casa de banho, o pijama debaixo da almofada, a mala pendurada no cabide do quarto, o carregador do telemóvel na tomada junto à mesa de cabeceira...
Só depois de estar tudo no lugar é que vem aquela sensação. Uma espécie de alívio e felicidade quando já cansados nos sentamos no sofá, pés descalços em cima do puff e nos sentimos finalmente em casa.
É estranho quando passamos a ter várias casas e esses momentos se repetem em sítios diferentes. Aqui ou em Portugal, a sensação é a mesma. Custa tanto dizer adeus aos de cá como aos de lá, mas depois temos a certeza de que vamos sempre a caminho de casa, independentemente da direcção em que vamos.
Este ano não estava previsto ir a Portugal no Verão, mas com o casamento da minha irmã, alterámos os planos. Estas férias foram tudo o que podíamos desejar: muito tempo em família, mimos dos sobrinhos, celebrações, cumplicidade, reencontros e amizade.
Isto de estar longe tem que se lhe diga. As pessoas seguem as suas vidas e nalguns casos é inevitável o afastamento, não porque não fazemos falta, mas simplesmente por não estarmos presentes. Se não estamos lá em momentos importantes, perdemos as novas piadas, não acompanhamos todas as novidades e inevitavelmente há laços que aos poucos vão enfraquecendo. Este ano voltámos a estar presentes e isso foi muito importante para cultivar as amizades e os laços familiares, e tentar de alguma forma compensar a nossa ausência.
Saímos de lá com o coração cheio e chegámos aqui também felizes por voltar às nossas rotinas e aos amigos do lado de cá. Afinal é possível estar em casa em dois sítios diferentes ♥
É bom voltar :D
ResponderEliminarAprendemos a viver com o coração repartido, a ter várias casas e vários portos seguros!
Beijinhos