Todos os dias, quando me levanto, chego à sala e olho pela janela. O sol ainda não nasceu e lá está o gato em cima do telhado dos vizinhos, à espera da hora a que a senhora lhe deixa comida. Todas as manhãs o gato olha para mim quando me vê à janela e eu quase que lhe digo "bom dia”, como dizia ao meu Calvin todos os dias ao abrir a porta da cozinha.
Todos os dias vejo aquele gatinho malhado, pequeno como o Calvin e com um miar igualzinho, e todos os dias me lembro dele.
Toda a minha infância pedi por um gatinho. A minha irmã queria um cão. Mas diziam-nos que não havia espaço no apartamento, que não tínhamos tempo para cuidar de um animal, e por isso contentavamo-nos com o hamster, as tartarugas e os peixinhos que fomos tendo ao longo dos anos.
Um dia, era eu já adolescente, a minha mãe apareceu em casa com um gatinho minúsculo, magrinho, meio careca com o pêlo a cair, era até um bocadinho feio à primeira vista. E eu apaixonei-me. O meu gato tinha-me finalmente encontrado! Gostámos tanto um do outro que eu não o largava, apesar de ter medo de o magoar quando lhe pegava, de tão magrinho e frágil que ele era. E ele vinha de mansinho até ao meu quarto e dormia enroladinho aos meus pés.
Quando anos mais tarde deixei a casa da minha mãe, o Calvin veio comigo. Estivemos sempre juntos até eu vir para cá, porque a viagem seria demasiado dura para um gato nervoso da idade dele e eu não o quis sujeitar a esse sofrimento.
Todos os dias às 8 da noite o gato do telhado mia, chamando pela vizinha. Todos os dias ela aparece para lhe dar comida e mimos. E eu lembro-me, todos os dias, com saudade, do meu amigo patudo.
Coisinha fofa ♥ |
Lembro me bem dos teus desejos. Como se fosse ontem. Mas sabes queas vezes os pais na sua inancia tb tiveram animais, afeiçoaram.se a eles e depois qdo eles partiram foi uma dor tão grande que disseram que nunca mais iam querer te los. Essa foi a razão porque nunca tivémos caes nem gatos... deves recordar te. Bjs
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