Sydney Opera House

Sydney Opera House

Só aqui :)



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Há já algum tempo que trabalho a partir de casa e há algumas semanas comecei a reparar que de vez em quando ouvia a música "Beautiful Day” dos U2, vinda algures da rua.

Uma das casas na nossa rua está em obras e sempre com trabalhadores durante o dia, inicialmente pensei que fosse do rádio deles. Mas depois reparei que ouvia a música todos os dias, sempre à mesma hora. E depois reparei que passava sempre uma vez de manhã e outra à tarde. Um dia percebi que a música vinha de uma escola aqui perto e que provavelmente seria o toque de entrada e de saída para os miúdos.

Ora na semana passada, a última antes do Natal que aqui marca o início das férias de Verão, o toque da escola era este:


:)

The day I became an Aussie!



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Quando viemos para a Austrália não tínhamos planos. Aliás, dizíamos que ficávamos 6 meses para ver se nos adaptávamos e depois logo se via. E adaptámo-nos.
Os seis meses passaram a um ano, o ano passou a 2 e só 2 anos e meio depois, já cheios de saudades, é que fomos de férias a Portugal. E depois voltámos. E houve mais férias em Portugal e voltámos outra vez. Porque ao fim destes 4 anos e meio, este país passou a ser (também) a nossa casa. Aqui temos os nossos trabalhos, as nossas rotinas e um novo grupo de amigos. Não que os de Portugal tenham sido postos de lado, pelo contrário. A família faz-nos muita falta e os amigos também, mas neste momento o nosso lugar é aqui e vamos mantendo as relações à distância o melhor que podemos, com uma ajudinha do skype e das redes sociais, sabendo que eles (vocês) estarão sempre lá para nos receber quando decidirmos voltar.

Este ano passei a cumprir os requisitos necessários para obter a cidadania e achámos que fazia sentido para a nossa identidade como casal/família que eu também me tornasse Australiana.
Eu já tinha um visto de Residência Permanente que me dava o direito a uma série de regalias que qualquer Australiano tem, a nível de saúde, subsídios, livre entrada e saída do país, etc. A cidadania traz outros direitos, como o direito ao voto (que também é um dever), acesso a empregos na função pública e a candidaturas para cargos políticos e o passaporte Australiano, mas também grandes responsabilidades, como a obrigação de fazer parte de um júri se formos chamados, e de servir o país em caso de conflito.

O processo desta vez foi relativamente simples, fiz a aplicação online e poucas semanas depois fui chamada para fazer o teste que avalia os conhecimentos a nível de cultura, da história, leis e política do país. Um teste de escolha múltipla muito simples, basicamente cultura geral. Pouco tempo depois recebi a confirmação que o meu processo tinha sido aprovado e seria oficializado com a entrega do certificado numa Cerimónia de Cidadania organizada pelo Council da minha área de residência.

Na cerimónia, todos fizemos um juramento, cantámos o hino nacional e recebemos o certificado pelo Mayor. A cerimónia foi simples mas emocionante. Tão bom ver tantas famílias de diferentes etnias unidas pelo mesmo amor a este país que tão bem nos acolheu. Sentia-se o orgulho nos sorrisos estampados no rosto de todos os que receberam o certificado nesse dia.

E assim, o dia 25 de Novembro de 2015 vai ficar na minha memória como mais um marco desta nossa aventura: o dia em que me tornei Luso-Australiana!





Um cheirinho a Verão



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A Primavera chegou e tem-nos trazido belos dias de calor. Apetece sair de casa e os programas sociais tornaram-se mais frequentes. As tardes de fim de semana no sofá foram trocadas por passeios no parque, pic-nics e barbecues, e até já deu para pôr o pézinho na praia!
Que saudades do tempo de Verão! Mas decididamente temos que trocar a nossa querida praia de Coogee por uma menos concorrida, que de ano para ano parece ficar ainda mais lotada.
No fim de semana passado fomos até Curl Curl, a norte, e adorámos o extenso areal e ausência de confusão. Mas as correntes são perigosas e assistimos a alguns salvamentos por isso nadar nesta praia só mesmo between the flags. Este ano queremos continuar a explorar outras praias de Sydney, afinal ainda há tanto por conhecer!

Curl Curl Beach (Imagem daqui)

Querida, ampliei o carro



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Aqui só temos um carro. Como eu trabalho a partir de casa, não preciso de conduzir durante a semana e se for à cidade os transportes públicos são sempre a melhor opção por causa dos preços do estacionamento.
Sendo assim, o nosso segundo carro (depois de um primeiro baratuxo para desenrascar nos primeiros tempos) foi escolhido de acordo com as necessidades dele: uma “ute” com bastante espaço para todas as ferramentas com que ele tem que andar todos os dias para o trabalho.

Claro que ele teve que escolher um carro desportivo, baixinho, cheio de mariquices e não particularmente económico... Eu abstive-me na altura, que para passageira tanto me dava, mas nos últimos tempos tínhamos andado a falar em trocar de carro. Queríamos um que eu também pudesse conduzir quando fosse preciso, mais confortável, seguro e económico, para podermos fazer mais passeios com ele, mas que continuasse a ser um bom carro de trabalho para ele (leia-se, com uma bagageira gigante).

Tendo em conta que as minhas experiências de condução no carro anterior não tinham sido muito agradáveis, quando vi que o sucessor era ainda maior ia-me dando uma coisinha má. Consta que fiquei de queixo caído a olhar para ele assim de baixo e disse qualquer coisa como "isto é mesmo grande" quando o vi pela primeira vez, quando fomos fazer o test-drive.
Para ele foi amor à primeira vista. E para mim também quase, vá. O carro é realmente mais jeitoso e muuuito mais confortável que o outro. Gosto muito mais de ir à pendura neste. Já a conduzir...por enquanto nem por isso... Ele é o tamanho do carro que logo à partida me intimida um bocadinho, ele é a largura que faz com que tenha que ir de braço esticado para chegar às mudanças (logo eu que até tenho uns braços compridos), é uma aventura! Tenho muito que treinar para ver se lhe apanho o jeito.
Por este andar, e tendo em conta a evolução dos nossos carros na Austrália, o próximo provavelmente será um autocarro. Medo...

Fica aqui o antes e depois, no dia em que dissemos bye bye ao Ford Falcon. Eu contente por nos termos finalmente livrado dele, 2 meses depois de termos posto o anúncio online (uma eternidade!), ele com uma lagriminha no canto do olho porque apesar dos "defeitos" diz que adorava aquele carro.

Carro nº2 VS Carro nº3

Há coisas que nunca mudam



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Passar o Inverno em Sydney é lixado. Não só temos que lidar com o tempo esquizofrénico, ora estão 20º e um lindo dia de sol, ora 2º e chove a potes, como grande parte dos portugueses do grupo muda de hemisfério para aproveitar o Verão do outro lado, o que faz com que os que nesse ano não vão a Portugal sintam algumas saudades.

Mas depois preciso de tratar de uma coisa no Consulado Português e lembro-me porque é que ainda não estou preparada para voltar, quando vou consultar o horário de funcionamento e encontro esta frase:
"Caso resida longe, aconselhamos que esteja em Sydney mais do que 1 dia, já que o sistema informático, por vezes, tem avarias técnicas."

Wish me luck!

As notícias



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O telejornal na Austrália é uma coisa que me fascina. Aqui as notícias do "jornal da noite" são quase limitadas ao que acontece na cidade e no estado em que vivemos. No nosso caso, a maior parte das notícias são sobre Sydney e NSW.
E vá, se houver alguma notícia importante noutro estado ou país pode ser que se fale sobre isso, se não é quase como se não existisse o resto do mundo.

Este “regionalismo” tem um certo impacto na forma como reagimos às notícias. Por um lado, parece que estão sempre a acontecer crimes à nossa volta, já que todos os dias ficamos a saber de algum assalto, homicídio ou desacato nalguma zona de Sydney (às vezes perto de nós). É um bocadinho como ler o Correio da Manhã em Portugal. Dá a sensação de que a taxa de criminalidade é alta, o que não é de todo o caso.

Depois há alturas em que parece que não se passa nada de importante para relatar e metade do telejornal são notícias da treta, como “Koala entra num hospital” ou “Tubarão avistado em Bondi Beach”. Bom, também podia falar da quantidade de notícias sobre ataques de tubarão, mas vou mudar de assunto para ver se não me lembro disso mais vezes...

E depois há o sensacionalismo das notícias locais. Por exemplo, agora estamos a passar por uma vaga de frio. Nada de extraordinário, afinal estamos no Inverno, mas o telejornal abre com títulos que incluem "Super Winter Storm”, “Antarctic Vortex”, “Polar Freeze”, “Wild Winter Weather”…
No outro dia quando vi uma imagem de neve acompanhada do título “Cold Front to hit Sydney over the weekend” até parecia que ia nevar em Sydney! Claro que a neve é noutros pontos de NSW, onde não é assim tão estranho nevar no Inverno, mas há que exagerar a notícia...
Posto isto, vou enrolar-me na manta do sofá com um cházinho na mão, que eles exageram na descrição mas até que está fresquinho por aqui...

O lixo e as regras



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Aqui na Austrália há regras para tudo e a maior parte das pessoas respeita-as sem problema, mesmo que não haja grande controle sobre elas. Por exemplo, há muitas estações do comboio que não têm o sistema de torniquetes para sair e entrar, pelo que seria de esperar que muitos "chico-espertos" aproveitassem para viajar sem bilhete. Mas as pessoas sabem que o correcto é pagar a viagem e isso parece bastar. Somos um povo muito honesto e civilizado, uma maravilha!

Não me interpretem mal, eu adoro regras, e no geral acho que as coisas aqui funcionam bem muito por causa delas. O que me chateia é quando as regras são levadas tão a sério que se tornam ridículas. O que tem acontecido várias vezes com a recolha do lixo na nossa zona...

Então é assim, aqui todas as casas/apartamentos têm os seus respectivos baldes do lixo na rua. Todas as semanas, no mesmo dia, esses baldes (que geralmente estão nas traseiras) têm que ser colocados na parte da frente da casa para serem esvaziados pelo camião do lixo (sim, o lixo só é recolhido uma vez por semana, o que cá para mim explica quantidade de baratas por metro quadrado que existe por aqui).
Adiante, até para despejar o lixo há uma série de regras: no amarelo só vão embalagens recicláveis e nada de sacos de plástico (até aqui tudo normal), o balde vermelho é para o lixo normal e o verde para o "lixo" do jardim (troncos, folhas, etc). No dia antes da recolha, ao sol posto, os os baldes têm que ser colocados na frente da casa/prédio respectivo, têm que estar virados de frente para a estrada e as tampas têm que estar fechadas.
Então e o que acontece quando uma das regras não é cumprida à risca? Simplesmente não despejam o nosso balde. Foi o que aconteceu uma vez porque o balde estava muito cheio e a tampa ficou entreaberta, outra vez porque alguém “contaminou” o balde da reciclagem com um saco de lixo, e outras sabe-se lá porquê.

E isto já me começa a irritar! Eu percebo o conceito, percebo que os senhores da câmara nos deixem avisos colados no balde a repreender-nos (ainda que não tenhamos sido nós os “infractores”, já que os baldes do nosso prédio estão todos juntos e ninguém liga aos números), mas o que me chateia é o castigo que nos aplicam.
Ora então se o balde estava muito cheio e os senhores não o levam, o que acham que vai acontecer dali a uma semana, na data da próxima recolha???
Se o balde da reciclagem tinha uma casca de banana e por isso não o despejam, eu não tenho opção senão começar a pôr as embalagens no lixo normal, já que o balde amarelo cheio fica inutilizado por mais duas semanas (sim, o camião da reciclagem só vem de 15 em 15 dias!). E isto é coisa para me tirar do sério. Menos drama, senhores do lixo, menos...

O meu tipo de compra impulsiva



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Encontrar folhas de gelatina a um preço simpático na "semana gourmet" do Aldi e fazer stock mesmo sem ter uma finalidade para elas, porque nunca se sabe quando vou precisar de folhas de gelatina e não as encontrar em lado nenhum...
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