Quando tirei o curso de Design de Comunicação, na "minha" universidade só havia PCs.
Nas várias empresas onde trabalhei (pequenas
empresas, no Algarve) nunca avistei um Mac.
Uma vez fui a uma formação
em Lisboa com uma colega de trabalho e passámos vergonha porque éramos as
únicas que não sabiam ligar o iMac que nos puseram na frente.
Não é que um PC não faça as mesmas coisas, e eu nunca tive
aquela mania que tudo o que é da Apple é melhor, mas gostava de ter um Mac,
pronto. Coisa de designer, provavelmente.
Mas para mim, que cresci sem grandes luxos e a quem
ensinaram a poupar sempre para uma eventualidade, custava-me aceitar a quantia
que ia ter que desembolsar para realizar esse capricho, especialmente com os
ordenados normaizinhos que sempre tive. Por isso dizia a mim mesma que não me
fazia falta e que podia esperar.
Aqui os Macs estão em todo o lado, em qualquer escritório, nos balcões dos
serviços públicos e até os alunos do secundário recebem um MacBook na escola. E
eu vi-me obrigada a ir para a Apple Store habituar-me a mexer num antes de
começar a trabalhar na área, para não passar vergonha outra vez.
Comprar um MacBook estava nos planos quando o N. recebesse o tax return (uma espécie de reembolso do IRS) mas eu, como sempre, fui
adiando, “porque não me faz assim tanta falta”, “porque é tão caro”, etc etc...
Mas numa visita ao centro comercial, num impulso, decidimos que podíamos dar-nos a
esse luxo. Foi uma espécie de recompensa pelas coisas de que temos abdicado, e
de prémio pelas nossas pequenas vitórias.
Como este era um fim de semana prolongado, tive que
prometer que não ia passar os dias agarrada a ele, claro :)
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