Sydney Opera House

Sydney Opera House

Pick me! Pick me!



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Alugar uma casa em Sydney está-se a revelar uma missão impossível.
Aqui as coisas funcionam de forma diferente. Não há cá anúncios no supermercado nem cartazes nas varandas. As casas estão quase todas em agências e quem quiser ir ver tem que ir à inspecção na hora marcada. Normalmente são 10 ou 15 minutos, quase sempre ao sábado de manhã.
Então entram todos os interessados para dentro do apartamento, fazem-se algumas perguntas, pega-se num formulário de aplicação e "ala que se faz tarde", vai-se a correr para a próxima.

O ritual repetiu-se nos 3 últimos sábados. Ver uma casa, fugir para a próxima no outro lado da cidade (bendito GPS!), não chegar a tempo e perder a inspecção, seguir para as próximas, paletes de gente a fazer concorrência, vir para casa com um monte de papelada, preencher e digitalizar documentos, enviar aplicações e esperar pela 2ª feira. Mas ainda não fomos escolhidos. Sim, porque aqui analisam-nos ao pormenor, querem saber se somos de boas famílias e quanto dinheiro temos no banco, porque há muitos interessados e só um pode ser o feliz contemplado.

Este sábado a ideia era dividirmos a coisa e cada um ficar com uma zona, para tentar cobrir o máximo de inspecções possível. Mas afinal ele teve que ir trabalhar e fiquei eu sozinha com a tarefa. Tive que seleccionar e só consegui ir a 3.

Lá fui eu de autocarro com o meu caderninho com os mapas rabiscados onde apontei a localização das casas e as paragens onde tinha que sair. Tudo muito rústico, que aqui ainda não mora nenhum smart-phone, mas lá me orientei.
Às 10:15h estava à porta da primeira casa. Era pequena, sem varanda, nem mobília, nem frigorífico, nem máquina de lavar. Mas já vi piores, trouxe a aplicação.
Às 10:30h estava pronta para a próxima. Ainda mais pequena que a anterior, num 6º andar sem elevador e a temperatura lá dentro fez-me lembrar o amanhecer na ilha de Tavira quando ia acampar no Verão. Já vi piores, trouxe a aplicação à mesma.
A próxima casa era melhorzinha, tinha varanda, uma boa cozinha, mas o living space era limitado, com espaço para uma cama e pouco mais. Talvez não caiba lá uma mesa para comermos. Mas já vi piores, trouxe a aplicação.

É que já estamos por tudo. Já nos mentalizámos que vamos ter que desembolsar uns $$$ em mobília (olha que chatice termos que ir ao ikea...), é preciso é que dê para dormir. E para comer, vá, também dava jeito. Mas chiça que isto é mesmo complicado! O que será preciso fazer para se ser escolhido?

Festa de Sant'Ana



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A somar ao facto de não o ir visitar muitas vezes ao Alentejo, o sogro tinha ainda um desgosto enorme de eu não conhecer as festas da terra... Tendo em conta que a "terra" são 2 ruas alcatroadas, 2 cafés, 1 igreja, 1 escola desactivada e montes alentejanos a perder de vista, as festas da terrinha são o acontecimento do ano, o evento por que todos esperam... é onde se reencontram as famílias, os emigrantes regressam, os filhos e os netos que moram nas grandes cidades vêm passar uns dias, e a terra enche-se de gente...


Por escassos 4 dias ouvem-se bebés a chorar, vêem-se crianças a correr e a andar de bicicleta, os primos reencontram-se, as gentes da terra desdobram-se em tarefas, entre colher os legumes da horta para servir à refeição ou ajudar na decoração da festa.
Ora eu cheguei ao Arneiro na Sexta-feira pelas 23h. Ainda tive direito a jantar forçado, uma vez que tinha já comido no comboio, mas a sogra levava a mal se eu não provasse o cabrito que tinha feito com tanto amor e carinho... Segui depois para o café com o sogro, sempre a ser cumprimentada por quem se cruzava connosco pela rua, curiosos que estavam de saber quem era esta cara nova forasteira... e vai de dar (e receber) beijinhos a todos e mais alguns, com a célebre frase do costume "olhe que somos primos, menina". Vá-se lá saber porquê, mas por família ou por afinidade quase todos são primos nossos...
Do café seguimos então para a tão afamada Festa de Sant'Ana! Situado mesmo em frente da igreja, o recinto conta com um palco, dois bares, uma barraquinha de rifas e uma pista de dança. Quanto à música, só podia ser música popular, com direito ainda a demonstrações de ranchos folclóricos e de danças de salão da terra vizinha. Já as rifas, eram uma pechincha: 20 rifas por 1€, que nos deram direito a trazer para casa pratos, pires, chávenas, biblôs do pior que há e 2 vasos muito jeitosos (que foram a única coisa que se aproveitou...).


Como o dia ia longo (tinha trabalhado todo o dia e a viagem de 2.30h de comboio também cansa uma pessoa!) resolvi vir para casa por volta das 3h da manhã. E podia ter dormido descansada a partir daí, não fosse um pequenino pormenor... a casa do sogro é em frente ao recinto da festa, pelo que enquanto dava voltas na cama sem conseguir adormecer só pensava que parecia que tinha uma banda pimba a tocar no meu quintal!!!
Bem, deu para me divertir no fim de semana e com certeza voltarei mais vezes! Estas festas tradicionais estão-me no sangue ! :))


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Dramas laborais



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Hoje tou cá com uma neura que me apeteceu desabafar a escrever...
Sou uma boa pessoa e como tal vejo sempre primeiro o lado bom de cada um, antes de ser surpreendida por um lado escuro que eu dispensava conhecer...
No mundo do trabalho então, as surpresas são de bradar aos céus... que mundo "cão", francamente... mas porque é que não nos ajudamos uns aos outros, já que trabalhamos todos para o mesmo? É que sinceramente, às vezes parece que estamos no meio de uma batalha campal a combater para ver quem chega primeiro ao topo (com direito a bónus se pudermos espezinhar um ou outro coleguinha pelo caminho)...
Já deu para perceber que ando farta de aparências não já? Fartinha até à raiz dos cabelos de apanhar desilusões com pessoas com quem convivemos 8 (para não dizer muitas mais...) horas por dia!
É por estas e por outras que ultimamente me tenho dado melhor com os colegas homens, esses sim pelo menos são mais fáceis de lidar, sem dramas e sem stresses. Muita gaja junta nunca pode dar bom resultado!
Nota: o cunhado quando ler este post vai dizer "poxa... até no blog da mana já só falas em trabalho!" Acertei?

Dias difíceis



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Por muito que este seja um país maravilhoso, com uma beleza natural única, cheio de oportunidades e coisas para descobrir, só isso não chega para nos sentirmos em casa.
Vão haver sempre alturas em que queremos largar tudo, desistir e voltar. Há momentos difíceis em dávamos tudo para poder chorar no ombro da mãe, para ir a casa do pai ou dos avós, para buscar conforto junto dos nossos amigos de sempre. Mas depois levantamo-nos do chão, limpamos as lágrimas e olhamos em frente.

As últimas semanas foram cheias desses momentos. Tragédias, lágrimas e despedidas forçadas. Agora é hora de ultrapassar e começar de novo
Por motivos de força maior, vamos ter que mudar de casa. Estamos a descobrir o "maravilhoso" mundo do arrendamento de Sydney. Vamos lá ver que novo lar nos estará destinado...
Novidades em breve.
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