Sydney Opera House

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Aventuras nos transportes



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Até há pouco tempo eu só precisava de apanhar um autocarro para a cidade para ir trabalhar. Quando morávamos em Bondi Juction, às vezes ia de comboio. Aquilo no fundo é um metro, não sei porque é que não chamam as coisas pelos nomes. Anyway, tudo muito fácil, já que Bondi Junction era a primeira estação e dali só se ia em direcção à cidade, por isso nem dava para enganos.

Agora trabalho em North Sydney, o que me implica ir até à Central Station para apanhar a linha de comboio que me leva até lá. A Central Station é uma estação gigantesca onde se cruzam todas as linhas do metro da cidade e onde chegam e partem comboios "intercidades". Ou seja, uma confusão.
Na primeira tentativa, olhei para o mapa a entrada da estação, vi que tinha que seguir a linha amarela e procurei indicações por cores. Pois...nao havia. Olhei para o monitor que indicava o destino de cada linha e segui para a linha 22. Só depois de percorrer o longo corredor para chegar lá é que percebi que não era aquela linha. Toca a andar tudo para trás outra vez e tentar perceber pelas indicações quase inexistentes para onde é que tinha que ir. Lá me safei e o resto da viagem correu bem.

No caminho de volta, saio na Central Station e ao  descer as escadas vejo-me no meio de outro longo corredor com placas que anunciavam saída para a esquerda e saída para a direita. Ora obrigada! Mas saída para onde? é que naquela estação, assim de repente consigo ver pelo menos umas 5 saídas, todas para ruas diferentes e longe umas das outras. E umas placas mais elucidativas? Hum?
À falta de melhor, segui o meu sentido de orientação, que obviamente me levou para o lado errado e tive que andar uma boa distância na rua até à paragem do autocarro que tinha que apanhar a seguir (que ficava mesmo em frente a outra saida, claro).

Na segunda vez que fiz esse percurso, já sabia a linha de manhã e à tarde, nao sei como, consegui sair para o lado certo. Tenho dúvidas que ainda saiba o caminho da proxima vez...

Eu até achava que me safava nos transportes, mas vendo bem, o único termo de comparação que tinha era o metro de Lisboa. Será assim tão diferente?





Update do estágio



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- O telefone já não é tão intimidante como no primeiro dia.
- Apesar de ainda nao ter tido um trabalho criativo dos grandes, tenho-me entretido com as tarefas que me vao dando e até tenho gostado.
- Já sou "tu ca - tu la" com os rapazes do café onde a empresa tem conta e já memorizei os cafés de toda a gente do escritório. Também são só 6 pessoas, vá...
- Experimentei novos caminhos e já me decidi por um trajecto mais rápido para o trabalho. Tenho que mudar de transporte duas vezes mas demoro menos meia hora.
- Na viagem de comboio vejo a Harbour Bridge, a Opera House e o Luna Park mas pareco ser a única pessoa que olha pela janela para apreciar a vista.
- Os colegas continuam simpáticos e sempre prontos a ajudar :)
- Em breve vou ter outra colega estagiária com quem partilhar a tarefa do telefone. Yes!
- Comeco a habituar-me a uma roupa mais "corporate". Já não podia com a "farda" do café, de vestir preto da cabeça aos pés e ir todos os dias igual.
- Preciso de comprar mais roupa!

E o estágio lá começou



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Ia à espera do ambiente descontraído que a Art Director de cabelo azul me tinha prometido, mas o que encontrei foi mais intimidante do que esperava. Conheci o resto da equipa, todos bem mais velhos que eu, todos engravatados e com ar experiente. Mal cheguei fui logo metida na reunião semanal para discutir o Work in Progress, em que eu não apanhei quase nada, ora porque não conhecia os clientes e os trabalhos, ora porque me distraía, que isto de conversas formais em inglês ainda é uma coisa que me desconcentra.

A primeira tarefa como estagiária foi, como é óbvio, ir buscar cafés. A seguir explicaram-me como é que devia atender o telefone. Eu que já tinha trabalhado há uns anos como recepcionista numa empresa onde tinha que saber de cor umas 40 extensões diferentes e saber que pessoa era responsável por cada departamento, achei que ia ser “a piece of cake”. Enganei-me. Atender telefones em inglês, falar com clientes com nomes esquisitos, de empresas que nunca ouvimos falar e com sotaque australiano não é nada fácil. Vi-me à rasca para perceber as pessoas do outro lado da linha e meti os pés pelas mão com o inglês, que eu quando me enervo fico parvinha e não consigo formar uma frase em inglês.
No meio disto tudo, passaram-me para as mãos um trabalho muito longo e urgente (que não consegui acabar) e outro daqueles complicados, que foi responsabilidade que não esperava para o primeiro dia, num estágio. O segundo dia foi igualmente puxado.

A juntar ao facto de perder uma hora e meia por trajecto nos transportes (porque não me lembrei que ia ter que atravessar a harbour bridge e a cidade nas horas de ponta), já não estou assim tão entusiasmada.

A parte boa é que foram todos muito simpáticos e que a empresa trabalha com algumas marcas mesmo boas. Se conseguir participar num trabalho grande e puder pô-lo no portfolio, seria muito bom. Até lá, é habituar-me ao terrível telefone, arranjar uma forma de não stressar nos transportes e tentar não fazer má figura com os trabalhos que me passam.

Deja vu?



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imagem: we ♥ it

Na última 6ª feira 13 de que me lembro veio uma boa notícia. Quer dizer, no fim acabou por não ser tão boa como eu queria, mas naquele dia era uma notícia que eu esperava há muito.

No outro dia fui apontar na agenda a hora de uma entrevista de emprego (das boas) que tinha na 6ª feira e não pude deixar de sorrir quando percebi que também era um dia 13. 
E vieram-me à cabeça as palavras da minha mãe, quando me disse que nada acontece por acaso, quando me queixava por algumas coisas aqui não terem corrido como planeado...

Na próxima semana começo um estágio numa agência de publicidade. Devagarinho as coisas começam a mexer e eu vou-me aproximando dos meus objectivos. Estou ansiosa por começar!
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