Sydney Opera House

Sydney Opera House

O que é pior do que encontrar uma barata gigante no wc lá de casa?*



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Encontrar uma barata gigante no wc lá de casa imediatamente antes de me ir deitar. É que as comichões pela noite fora depois de um encontro desses são inevitáveis...
Valha-me o spray "mata-tudo" que tenho sempre à mão! (e o homem que foi a seguir recolher o cadáver)



* Situação que não tinha acontecido se eu não tivesse aberto a janela toda sem a rede mosquiteira para arejar a casa. Não sei onde é que eu estava com a cabeça...

True...



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                                                                                imagem: we ♥ it 

Matar saudades



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Domingo foi dia de Portuguese Festival em Petersham, o "Bairro Português" cá do sítio. Já tinha ouvido falar deste festival e passei a semana ansiosa, a sonhar com sardinhas e sangria.

Íamos a caminho no comboio e já se ouvia falar português e assim que chegámos parecia que estávamos em Portugal numa qualquer feirinha de Verão.
Seguimos pelas ruas decoradas com bandeiras vermelhas e verdes, atrás do cheiro a sardinha assada e a pão com chouriço. Nas barraquinhas de comida havia sardinhas, bifanas, espetadas, carne de vinha d'alhos, rissóis de camarão, chouriço...todos aqueles sabores que aqui nos fazem tanta falta. Também havia petiscos brasileiros e espanhóis. A escolha foi difícil...
Juntámos-nos a outros amigos portugueses e saboreámos o nosso almoço, acompanhado de sangria ou de uma cerveja portuguesa, ao som da música tradicional que vinha do palco. Dei por mim a pensar que até a música do grupo de cantares madeirense me soava agradável. E por ali ficámos a conversar, a conhecer (ainda) mais  portugueses e a apreciar os grupos folclóricos e os de samba que iam passando pelo palco. Rematámos a tarde com uns pastéis de nata, claro!

Perdoem-me a falta de registos fotográficos, mas eu acabei por só captar a parte mais importante da festa:

O pão não valia nada mas a carne de vinha d'alhos

   soube-me pela vida (mas nada comparado à da 
   minha avó, claro)

Foi aqui que percebi que nunca serei um daqueles emigrantes que adoptam o novo país como seu e renegam as suas origens. Eu vou ter sempre orgulho de ser portuguesa, da nossa cultura e da nossa comida (tão melhor que a de cá!). Daqui a virar fã do Tony Carreira é um pulinho...

O que é que dá hoje na tv?



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Confirma-se, a televisão australiana ao fim de semana é uma treta. É que se durante a semana ainda se conseguem ver algumas séries e programas interessantes no horário nobre, ao Sábado e Domingo é só nostalgia e bonecada.
Para este Sábado à noite, as opções de filmes nos 3 canais principais são:




E que tal passarem estes filmes durante a tarde e deixarem o horário da noite para os adultos? Ah, espera lá...afinal diz que dá um filme para crescidos a seguir. Este:


Hmm...


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Mais uma voltinha pelos serviços públicos, desta vez no ATO, as finanças cá do sítio. É que surgiu-me uma possível oportunidade de trabalho mas tinha que ter um ABN number, para poder trabalhar como freelancer, ao estilo recibos verdes.
Lá fui eu ao edifício do ATO depois do trabalho, onde achava que ia esclarecer as minhas dúvidas sobre trabalhar como freelancer aqui, a nível de impostos, recibos, obrigações, etc. Mas afinal foi mais do mesmo: "Toma lá os formulários e agora desenrasca-te."
E lá vim eu, confusa, com um molho de formulários na mão, e mais ou menos na mesma em relação ao que tenho que fazer a seguir. Parece que se quero que alguém me explique estas coisas tenho que ir a um contabilista. Então obrigadinha...

Se alguém trabalhar com ABN e quiser dar-me umas dicas eu agradeço! Entretanto vou passar o fim de semana a "estudar", para ver se isso deixa de me parecer chinês...


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Desde que estou na Austrália que nunca tive razão de queixa dos serviços públicos daqui. Regra geral, foi muito fácil e rápido tratar dos documentos quando chegámos. Da carta de condução ao cartão de saúde, passando até pelas finanças, correu sempre tudo sem problemas. Até hoje.

Precisei de ir ao Departamento de Imigração para esclarecer uma dúvida relativa às minhas permissões de trabalho (limitações do visto actual), que não consegui esclarecer na internet. Já tinha ido lá outras vezes, apanhei sempre filas intermináveis mas que andavam depressa, com funcionários muito prestáveis e eficientes. Hoje não. Hoje chovia a potes e quando cheguei lá não havia ninguém na fila. Dirigi-me ao balcão que me indicaram e comecei a explicar a minha dúvida. Antes de ter acabado a frase, a funcionária carrancuda já me estava a mandar ir procurar o formulário para pedido de "não sei quê". Acabei a frase e expliquei-me que não precisava de fazer aplicação nenhuma, só queria mesmo esclarecer aquela questão. Ela respondeu-me "Não sei, vai perguntar às finanças". E despachou-me em três tempos, como se estivesse muito ocupada, com um sorriso cínico na cara.
Vim de lá furiosa. Afinal maus funcionários há em todo o lado...

Ir às finanças, que ainda era longe, com o temporal que estava não era opção, por isso resolvi vir para casa e telefonar. Ligo para o número e atende-me uma gravação que dizia "Neste momento não podemos atender, por favor ligue mais tarde". Tentei mais algumas vezes, a mesma coisa. Vou ao site à procura de um email para onde enviar a minha pergunta e adivinhem...não há email! Portanto, ou vou lá directamente ou fico o dia inteiro à espera que alguém possa atender o telefone. Como é que é possível?

Pronto, nunca mais digo que isto aqui funciona tudo muito bem!

Dia-a-dia



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5.45h, toca o despertador. Estico o braço para o desligar, rebolo para o lado e resmungo enquanto me levanto da cama. "Já? Tenho que começar a deitar-me mais cedo" - penso.
Tomo o pequeno almoço, visto-me e saio de casa às 6.15h. Subo a "ladeira" até à paragem e apanho o autocarro às 6.25h. Ponho os phones nos ouvidos para ver se acordo com um bocadinho de música.
Reconheço as mesmas caras no autocarro.  O pessoal das obras de capacete debaixo do braço, a enfermeira, o chef de cabelo comprido e a malta nova vestida de preto, como eu, que calculo trabalhem em algo do mesmo género.

O bus chega à cidade às 6.45h e ainda ando um bocadinho até ao trabalho.
Passo pelo Subway e vejo a mesma miúda a tirar as primeiras baguetes do forno. Sigo caminho e passo por um café onde o mesmo rapaz limpa os vidros por fora. Mais à frente há um bar onde a essa hora está sempre um indiano a lavar o chão. Mais uns passos, mais um café, e neste está um chinês a pôr as mesas na rua. Chego ao prédio onde trabalho pouco antes das 7.00h, hora em que as portas de vidro se abrem automaticamente.

Começo a preparar as coisas para a vitrine do café. Às 7.15h chega o homem do pão. Digo "bom dia" mas nunca tenho resposta, é um mal humorado. Confiro o recibo e anoto o que está errado. Todos os dias vem algo a mais ou a menos, não sei como é que ainda não mudámos de fornecedor...
Às 7.30 já há movimento no café. Faço sandes e torradas, frito bacon & eggs numa tostadeira (don't ask...), sirvo às mesas e lavo a loiça, enquanto o meu colega faz os cafés. Meio da manhã, o colega mostra-me os músculos enquanto me relata a tarde anterior no ginásio e pergunta-me se reparei que está a ficar maior. Haja paciência...

Vou buscar qualquer coisa à arrecadação e deparo-me com um monte de caixas vazias a obstruir a entrada. Respiro fundo, desmancho e espalmo os cartões e ponho-os no contentor da reciclagem. Será assim tão difícil? No meio do processo parto uma unha. Oh well, no estado em que andam as minhas mãos não vai fazer muita diferença.
Volto para o balcão. O colega toma um batido de proteínas e come 3 ovos estrelados.
Continuo a fazer sandes e torradas, a fritar bacon & eggs, a servir às mesas e a lavar a loiça. O colega está encostado à bancada, diz que está cansado.

A manhã passa com os clientes habituais. O Brad e o Jeff que são sempre os primeiros; o Mark, mal-disposto, que em vez de fazer o pedido, deixa o dinheiro no balcão sem dizer nada; a Mary e a Robin que chegam sempre a rir e se fazem notar; o grupo de jovens polícias giraços (eles e elas) que vêm para o pequeno almoço e deixam sempre gorjeta; o Craig, descontraído, que se senta para o habitual expresso & banana bread enquanto lê o jornal como se tivesse todo o tempo do mundo; o Sam, sempre com pressa e ao telefone, que gesticula para pedir o seu flat white vegemite toast. São quase todos simpáticos e gente boa.

Ao fim da manhã o patrão chega. Finalmente podemos começar a fazer as nossas pausas, é meio-dia e meia e eu estou quase a cair para o lado com fome. Faço uma tosta mista e sento-me a comer. "Rápido, não demores", diz o patrão. Engulo a sandes em 5 minutos. O colega vai-se embora e despede-se com um "Adeus pessoal, divirtam-se!". Nunca percebi...
Começa a azáfama do almoço, mais tostas, mais bacon & eggs e steak sandwiches (não perguntem onde é que cozinhamos os bifes...) e muuuita loiça para lavar.

Às 15.00h venho-me embora. Doem-me os pés, estou cansada e penso "Tenho mesmo que arranjar outro trabalho". Mas sorrio quando os clientes ao balcão me dizem "até amanhã", tratando-me pelo nome. Sei que quando um dia me for embora vou sentir a falta deles. Amanhã há mais!

Nada como um sábado de chuva a ver filmes no sofá



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Depois de um Verão muito chuvoso e pouco "beach friendly", o Outono chegou com grandes cargas de água e temperaturas mais frescas.
Uma pessoa bem tenta não deprimir enquanto está em casa num sábado de chuva, mas a televisão australiana não ajuda muito.
Senão vejamos, a programação deste fim de semana inclui:

Crocodile Dundee (1988)

Indiana Jones and the Last Crusade (1989)

No departamento séries temos:

Baywatch

A Fran e a sua vozinha irritante (já nem me lembrava disto!)

Family ties

Enapá...até o Macgyver cá anda!

E no outro dia a fazer zapping fui dar com...

O Alf! Alguém se lembra do Alf?

Qualquer semelhança com a RTP Memória é pura coincidência...
Ok, dá para recordar e rir com algumas coisas. Mas outras já não são o que eram, como "A Nanny", que eu adorava e agora acho insuportável.
Valha-nos o computador e a Internet!
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